![]() |
JMalhoa, A última gota, 1891. ost 105x110, c.p.
|
« Receita, Maio de 1902, 31.
Recebi do Rio de Janeiro, por intervenção do Antonio
David, pela venda de dois quadros que para aquella cidade mandei em [espaço em branco] um intitulado “Os
ouriços” outro “a ultima gota”, pintados em Figueiró dos Vinhos, na Fonte do
Cordeiro, servindo de modelo para os dois quadros o filho do Eduardo, então
rendeiro da Fonte do Cordeiro, propriedade da família Serra.
Figuraram os dois quadros na exposição do “Gremio
Artistico” pelo centenário do Marquês de Pombal [1].
Vendidos pela importância de rs. 258$620 »
« Receita, Agosto a Dezembro 1902.
Recebi do Guilherme Rosa, da venda dos meus seguintes
quadros na exposição organisada pelo mesmo no Rio de Janeiro: “o
pilha-gallinhas”, “a corar a roupa” (estudo) “Gosando os rendimentos”, “as
cebolas”, “à sesta”, “o barbeiro na aldeia” (estudo) – 1:154$000 »
Estes dois apontamentos
manuscritos por JMalhoa no seu livro de «Receita – Despeza» referem-se a vendas
de quadros no Brasil durante o ano de 1902. Dos primeiros desconhecem-se as
circunstâncias e aparentemente nada terão a ver com os segundos – provavelmente
tratou-se de uma venda mais ou menos particular [2].
Mas dos outros sabemos que foram vendidos numa «Exposição de Arte Portugueza»
que decorreu no Rio de Janeiro.
- E,
Salgado?
![]() |
JMalhoa, À Caça, 1895. ost 91x50 c.p.
Não é certamente A caça dos taralhões, c.1891,
esse de MHPinto, mas pela descrição de Fantasio,
(ver nota 2) parece ser a este que se refere...
|
Organizada por Guilherme
Rosa, numa das «amplas salas do Lyceu d’Artes e Oficios», a exposição abriu no
dia 17 de Julho e terá durado 23 dias. Recebeu «a visita do presidente da
Republica, que elogiou o desenvolvimento artistico portuguez, o seu caracter próprio…»
Esta exposição, até agora
praticamente ignorada, acaba por ter uma importância histórica enorme nas
trocas artísticas entre as duas margens do Atlântico. É nela que a Comissão de
Compras nomeada por Joaquim Murtinho, ministro da Fazenda brasileira, e da qual
faziam parte Rodolfo Bernardelli, escultor e director da Escola Nacional de
Belas Artes, Rodolfo Amoêdo, pintor e professor da ENBA, e Carlos Américo dos
Santos, jornalista, propõe a aquisição, para a Pinacoteca da Escola Nacional de Belas Artes, de uma
dezena de obras de Pintores Portugueses [3].
![]() |
JMalhoa, A corar a roupa, c.1899.
O quadro do MNBA-RJ em foto antiga
|
É deste acervo da Escola
Nacional de Belas Artes, enriquecido por muitas outras aquisições e doações, que
se vem a constituir o núcleo do actual Museu Nacional de Belas Artes do Rio de
Janeiro.
José Malhoa encontra-se ali bem
representado, logo com a grande versão parisiense de .As Cócegas, 1904, - adquirida ainda por intermédio de R. Bernardelli,
mas já na exposição do Rio de 1906 - e, para além de mais algumas outras obras,
com três importantes quadros que constam daquele rol de 1902. São eles, as
pequenas tábuas Gozando os rendimentos, 1898, e A Sesta, 1898 [4],
(sem ou com assento grave no À, como
grafou Malhoa – o que não será pormenor de somenos, a ser resolvido por um qualquer
acordo ortográfico…) e a tela de média dimensão A corar a roupa, não datada, mas que Malhoa nos diz que é um «estudo»
- por certo da tela com o mesmo nome que levou à Exposição Universal de 1900 e
que afundou no regresso de Paris – devendo, portanto, datar-se desse ou dos
anos anteriores [5]…
![]() |
MHPinto, A saída do rebanho, 1900,
em foto antiga e na moldura original...
Outro dos quadros comprados para a ENBA.
|
Mas o mais interessante é
ver mesmo o que nos diz Guilherme Rosa, numa entrevista a um jornal português,
na hora do seu regresso do Rio: [6]
« A exposição d’arte portugueza no Brasil »
« O sr.
Guilherme Rosa, chegado ha seis dias do Rio de Janeiro, onde estivera como
organisador da Exposição d’arte portugueza, deu-nos, a tal respeito, as
seguintes curiosas impressões:
- A
minha estada no Brasil por varias vezes trouxe-me a certeza de que uma
exposição de pintura e d’artes applicadas daria alli um optimo resultado. O
Brasil é um explendido paiz, e qualquer iniciativa artistica é acolhida de
braços abertos. Não julgue isto um exaggero de viajante agradecido; não, apenas
a verdade, integra e formal. Parti de Lisboa com 86 quadros, no valor de 11
contos, e volto trazendo 6 contos de réis, de 51 quadros vendidos. Por toda a
parte tive um optimo acolhimento, tendo-me sido cedida uma das amplas salas do
Lyceu d’Artes e Officios, onde organisei a citada exposição. Tive-a aberta
durante 23 dias, tendo recebido a visita do presidente da Republica, que
elogiou o desenvolvimento artistico portuguez, o seu caracter proprio, e
sobretudo o calor que se desprendia das paisagens e dos assumptos, todos de um grato
regionalismo.
- Qual
o pintor que mais exito alcançou?
- Não
poderei especialisar. Basta que lhe diga que Columbano, Malhôa e Salgado, foram
os tres triumphadores. De Columbano ficaram nas Bellas Artes os seguintes
quadros: A locandeira, A luva branca, Cabeça de mulher, O soldado.
A Madona, comprei-o eu [7].
- E
Malhôa?
-
Agradou muito, tanto, que se mais quadros seus levasse mais vendia. Malhôa é um
artista muito justamente apreciado no Brasil. A sua exposição foi um successo,
e vi-me em dificuldades, com tanto pedido. Trago 17 encommendas de quadros para
esse artista. Toda a imprensa foi unanime em elogiar o pintor, que ainda não
era absolutamente conhecido
n’aquellas paragens.
- Absolutamente?
- Sim,
porque ha varios negociantes extrangeiros que levam o seu delírio a inventarem
quadros de pintores applaudidos. De Malhôa, vi por lá uma infinidade d’elles,
todos apocryphos. N’um d’aquelles ateliers,
ha dois artistas, empregados em imitarem assignaturas… Como lhe conto, Malhôa
era conhecido apenas pelos quadros que não pintára [8].
![]() |
MHPinto, As formigas no mel, c.1899.
Quadro que G. Rosa afirma também ter vendido.
Actualmente de paradeiro desconhecido.
Notícias suas serão bem vindas...
|
-
Tambem foi um dos nossos pintores mais acarinhados pela opinião publica. Vendi
o seu unico quadro, dos que levava para vender. Mas como falámos de Malhôa,
esquecia-me dizer-lhe, que vendi para as Bellas Artes os quadros: Córar da roupa, A sesta, e Gosando os rendimentos… De Salgado vendi, lembra-me agora, Azinhaga em Bemfica. Mas temos mais: de Henrique Pinto, A sahida do rebanho, para as Bellas
Artes, e Formigas no mel [9];
de Carlos Reis, o Amores d’um moleiro. [10]
- E dos
novos?
- Vendi
dos que mais successo fizeram entre nós. De David Estrella, Sousa Lopes, de
Galhardo, e d’outros…
- De
Raphael Bordallo Pinheiro?
- Vendi
tudo. O eximio artista tem um grande publico. Pela familia Bordallo: De Columbano,
Raphael e de Maria Augusta, tem o Brasil um verdadeiro culto, vehemente e
sincero. É um triumvirato glorioso… Da arte applicada vendi todos os oiros
cinzelados por Carvalho e alguns trabalhos de Cristofanetti.
- Pelo
visto, a sua artistica viagem trouxe um grande effeito moral, consolador e
grato, á estiolante (mercê da indifferença alfacinha) arte portugueza?
- Creio
bem que sim. Repito-lhe: no Brasil tive um carinhoso acolhimento, tanto que
breve tenciono repetir a minha digressão, até S. Paulo e Santos, d’onde –
d’esta vez – recebi pedidos para a minha ida, mas onde me foi impossivel
chegar.
- Com
que então, Columbano, Malhôa e Salgado foram os 3 grandes triumphadores?
Desculpe a repetida pergunta…
E
Guilherme Rosa, consultando o seu carnet,
diz-nos:
- De
Malhôa vendi tambem As cebolas, o Sendeiro e O barbeiro na aldeia [11].
Este ultimo comprou o nosso compatriota visconde de Villela, que é um grande
auxiliador de todas as iniciativas artisticas que tragam a chancella
portugueza… Columbano foi admirado por todos os visitantes, alguns comparavam a
maneira do nosso mestre á de Velasquez.
Foi um delirio.
- E
qual era a commissão nomeada pelo governo brasileiro para escolher os objectos
de arte, os quadros?
-
D’essa commissão faziam parte o director das Bellas-Artes, o esculptor Adolfo [sic] Bernardelli, e seu irmão, um
grande pintor… emfim, os irmãos Bernardelli. [12]
E,
terminando a nossa ligeirissima palestra, inquirimos:
- É a
primeira exposição portugueza d’arte que se fez no Brasil, não é verdade?
- Não,
senhor. A primeira foi, creio, ha 25 annos, uma exposição organisada por
Luciano Cordeiro.
Finalmente,
perguntámos ainda:
-
Emfim, o nosso amigo achou o terreno admiravelmente preparado, e o publico
esperando-o anciosamente?
- Sim,
senhor, repito-lhe: o Brasil é um grande paiz, e as coisas portuguezas recebem
lá um acolhimento superior… até, ao que nós proprios nos outorgamos. Os nossos
artistas são mais bem recebidos lá… do que cá. É a verdade.
![]() |
O Sr. H. Chaves comprou,
mas, depois, o Sr. Bernardelli terá desfeito a compra,
e comprou ele para as Belas Artes...
É o que se conclui desta notícia.
|
E
despedimo-nos, agradecendo ao nosso amavel visitante a gentileza de nos ter
escolhido para dizer das suas impressões. Sabe- »
[aqui, literalmente, alguém lhe cortou o pio…]
[aqui, literalmente, alguém lhe cortou o pio…]
25 Ago. 2012. LBG.
[1] Apenas dez
anos depois, Malhoa faz já algumas confusões: refere-se impropriamente ao Centenário
do Marquês de Pombal, comemorado em 1882, querendo referir-se à 2ª Exposição do
Grémio Artístico, de 1892, aquela onde apresentou o seu polémico O último interrogatório do Marquês de Pombal,
1891. Nesta exposição figurou, como bem refere, A última gota, 1891. Já Os ouriços,
1894, só aparecerão na 4ª Exposição, a de 1894.
Quanto ao resto, vale o que vale; mas é de crer que JMalhoa saiba do que escreve- se bem que aparentemente o «filho do Eduardo», se era o mesmo, muito tenha mudado em três anos... (Sabemos hoje que os filhos do Eduardo eram vários - o Saúl, a Aida, o Maximino, o Noé, a Preciosa, o António e o pequeno Venâncio…)
Quanto ao resto, vale o que vale; mas é de crer que JMalhoa saiba do que escreve- se bem que aparentemente o «filho do Eduardo», se era o mesmo, muito tenha mudado em três anos... (Sabemos hoje que os filhos do Eduardo eram vários - o Saúl, a Aida, o Maximino, o Noé, a Preciosa, o António e o pequeno Venâncio…)
[2]
Há no entanto uma crónica de 1895 que pode ler aqui que coloca no Brasil
uns quadros que poderão ser alguns destes… confusões de títulos e de descrições
das obras à parte, pode assim ter acontecido.
A ser assim, o
pagamento veio com “ligeiro” atraso e tal pode justificar o espaço deixado em
branco por Malhoa – já se não lembrava quando para lá os mandara…
[adenda em 12.7.2014] Agora, e já que aqui chegámos, vale a pena mais alguma reflexão.
Nesta crónica relativa à VIII Exposição Geral de Belas Artes, 1895, no Rio, Fantasio - ao que parece Olavo Bilac - descreve-nos dois quadros de Malhoa. Um, não há dúvida, trata-se de Os ouriços, c.1894, quadro que Malhoa dá por vendido no apontamento citado logo ao começo deste artigo. O outro, o que Fantasio intitula «Caça aos taralhões» (em evidente confusão - propositada ou não - com o quadro de MHPinto amplamente referido aquando da Exposição do Grémio de 1891) também não levanta muita dúvida que se trata, afinal, de À caça, 1895. O que Fantasio nos descreve, pormenor a pormenor, é este quadro. E, vinte e um anos depois, noutra crónica a propósito da ida de Malhoa ao Rio, agora já Olavo Bilac, repete tintim por tintim a mesma história.
Tudo isto é interessante e levanta algumas questões para as quais não encontro respostas:
1. Será que Malhoa, quando em 1902 aponta a venda dos quadros, para lá de já não saber muito bem quando os teria enviado para o Brasil, também já não sabia quais eles eram? Ou as vendas do António David nada tiveram a ver com esta tal Exposição de 1895, embora tudo leve a crer que lá tenha estado Os ouriços?
2. A confusão de À caça de Malhoa com A caça dos taralhões de MHPinto foi apenas da cabeça de Fantasio, ou foi coisa armada (tal como a costela do cachopo) na própria Exposição (e por quem?) para impingir, a brasileiro incauto, quadro com estória mal contada e que nem pela metade do preço do costume tinha conseguido dono, meses antes, no Grémio, em Lisboa?
3. Se Os ouriços, estes ao que tudo leva a crer, foram vendidos por esta ocasião, que raio de Os ouriços serão o nº47 do catálogo da Exposição de Malhoa no Rio em 1906?
[adenda em 12.7.2014] Agora, e já que aqui chegámos, vale a pena mais alguma reflexão.
Nesta crónica relativa à VIII Exposição Geral de Belas Artes, 1895, no Rio, Fantasio - ao que parece Olavo Bilac - descreve-nos dois quadros de Malhoa. Um, não há dúvida, trata-se de Os ouriços, c.1894, quadro que Malhoa dá por vendido no apontamento citado logo ao começo deste artigo. O outro, o que Fantasio intitula «Caça aos taralhões» (em evidente confusão - propositada ou não - com o quadro de MHPinto amplamente referido aquando da Exposição do Grémio de 1891) também não levanta muita dúvida que se trata, afinal, de À caça, 1895. O que Fantasio nos descreve, pormenor a pormenor, é este quadro. E, vinte e um anos depois, noutra crónica a propósito da ida de Malhoa ao Rio, agora já Olavo Bilac, repete tintim por tintim a mesma história.
Tudo isto é interessante e levanta algumas questões para as quais não encontro respostas:
1. Será que Malhoa, quando em 1902 aponta a venda dos quadros, para lá de já não saber muito bem quando os teria enviado para o Brasil, também já não sabia quais eles eram? Ou as vendas do António David nada tiveram a ver com esta tal Exposição de 1895, embora tudo leve a crer que lá tenha estado Os ouriços?
2. A confusão de À caça de Malhoa com A caça dos taralhões de MHPinto foi apenas da cabeça de Fantasio, ou foi coisa armada (tal como a costela do cachopo) na própria Exposição (e por quem?) para impingir, a brasileiro incauto, quadro com estória mal contada e que nem pela metade do preço do costume tinha conseguido dono, meses antes, no Grémio, em Lisboa?
3. Se Os ouriços, estes ao que tudo leva a crer, foram vendidos por esta ocasião, que raio de Os ouriços serão o nº47 do catálogo da Exposição de Malhoa no Rio em 1906?
[3] Sobre este assunto, consultar um interessante artigo
de Arthur Valle publicado em 19&20 e que pode ler aqui.
[4]
O quadro, assinado e
datado, não deixa dúvidas quanto a isto. No entanto, em 1950, A. Montez
ter-se-á enganado e, em 1996, P. Henriques dali terá copiado o erro… mas depois
disso, nos dias de hoje, só mesmo a parvoíce e a teimosia podem persistir em
datá-lo de «1909» por tudo quanto é sítio…
[5]
A não ser que uma nova e bizarra
teoria que nos quer convencer que os “estudos” são posteriores aos “quadros”
venha a fazer escola…
[6] Infelizmente a partir de recorte de
jornal não identificado. Como outros referidos em artigos anteriores, dos
antigos espólios pessoais de Malhoa ou de MHPinto, actualmente no acervo do
Museu José Malhoa ou em colecção particular.
[7] Talvez isto resolva o problema da «Madona e Soldado». Sempre eram dois
quadros - ficou lá O Soldado, sem Madona, e esta, sem o militar, terá voltado na mala do
sr. Rosa…
[8]
Note-se a conversa recorrente sobre uns “artistas”
brasileiros - pelo visto já desde 1902 !? - …pero
que las hay, las hay…
[9]
Particularmente
interessante esta referência à venda no Brasil de Formigas no mel, c.1899, quadro de M. Henrique Pinto, actualmente de paradeiro
desconhecido – é a única informação sobre esta obra posterior à sua mostra na
9ª do Grémio Artístico. Quanto a A Saída
do rebanho, 1900, confirma-se a sua venda à ENBA nesta ocasião, como consta nos
registos do MNBA.
[10] Aqui, G. Rosa esqueceu-se de referir
Condeixa e os quadros Um homem do mar
e Chrysanthemos, que aparecem num
outro artigo noticioso. O primeiro também adquirido para a ENBA.
Nesse outro artigo são ainda referidos: João Vaz e No Tejo; J. Colaço e Baptismo arabe; H. Casanova e as
aguarelas Na Ericeira, No Cabo da Roca e Na Guia, e mais três não identificadas; Roque Gameiro com Fonte da Riba Fria e Rio de Ribafria, aguarelas também; Luciano Freire e Margens do Vizella; Teixeira Bastos e Mendigos; Rafael Bordalo e um
busto de Eça de Queiroz, para lá de outros productos das Caldas da Rainha; David de Mello e Madrugada na Portella; João Galhardo e Merenda do Senhor da Serra; Ferreira da
Costa e Musica Divina.
Mais outros recortes: O Paiz, do Rio, de 19 de Julho,
acrescenta umas paizagens de José
António Jorge Pinto; e a Gazeta de Noticias, do Rio, de 18 de Julho, fala também
de um A rapariga de Columbano, de uns
bibelots de Bordalo e de dous lenços de renda de João Anjos.
[11] Malhoa
refere O pilha-galinhas no lugar
deste Sendeiro – cremos que ambos se
referem ao mesmo com nomes diversos… Malhoa ainda nos diz que este O Barbeiro na aldeia era um “estudo”. E
quanto a As Cebolas, a descrição que dele faz
um dos artigos referindo «o estudo da paizagem» e «das figuras das “ceboleiras”»,
faz-nos pensar em Embraçar cebolas,
1896 – mas este, em 1928, era propriedade do Duque de Palmela… - portanto, seria
uma outra versão; e em 1901, na 1ª SNBA, Malhoa apresenta mais umas Cebolas – serão estas.
[12] Sabemos hoje que, aqui, Rosa se confunde…