seguidas
de:
O
«Desterrado» por terras de Figueiró…?
Dar um salto até Figueiró dos Vinhos é sempre
agradável. E recomenda-se. Principalmente se amanhece fresco e o dia se põe
solarengo, sem aqueles calores que torram a disposição. Sinal que a volta,
feita pelo entardecer, terá cenário magnífico. E uma bela viagem é aquela que, sem
pressas ou obrigações de chegar, se faz só para ver. Ver, principalmente, e também
rever.
Ver, que há sempre algo que se não viu ou se
vê de modo diferente – um pormenor da paisagem, o recorte de um monte, uma outra
cor da vegetação. Alguma coisa que ainda não víramos ou que vemos de modo
diverso.
O mesmo se passa com os quadros (ou o que
for). Olhar de novo, com outra disposição ou outra luz, dá sempre para ver mais
qualquer coisa. É também recomendável.
Foi o que fiz um dia destes. Sem pressa de
acabar nada, sem o incómodo das inaugurações, só para ver. Ver de novo as
exposições do Museu e Centro de Artes,
e ver as novas coisas que por lá há. Deu gosto e recomendo uma vez mais.
No edifício do «Casulo», quase, quase de cara
lavada (com uma ou outra janela já a empenar, e alguns salpicos de branco sobre
o almagre…), dá gosto entrar. Instalar ali o posto do Turismo foi uma boa
ideia e, enquanto se mantenha simples e com simpático atendimento, muito
apropriado.
foto: Pedro Aboim Borges |
Na casa de jantar (onde faltam só uns
“finalmentes”) já lá estão, fazendo companhia aos dois frisos em tela de
António Ramalho e a orlar as traves do tecto, limpos e mimosos, os quadrinhos
oferecidos pela malta das Belas-Artes aquando da primeira recuperação em 1985, a
fim de tapar os buracos deixados pelos “desaparecidos”. (Mas urge “dar nomes
aos bois” e catalogar devidamente a interessante colecção, antes que seja tarde
e se esqueçam os autores – é que todos já não vamos para novos…).
Faltam ainda
a mesa, obra de marcenaria de Joaquim Granada a encomenda de Malhoa [1], as cadeirinhas de
rabo-de-bacalhau e o candeeiro [2] - e, já que “miraculosamente”
sobreviveram cento e alguns anos, oitenta dos quais longe das mãos de Malhoa,
seria lastimável que se perdessem agora.
Subindo ao andar, é simpática a pequena
exposição de painéis quase discretos, simples e concisos que mostram, nalgumas
boas fotos antigas, parte da história do «Casulo» sem desnecessárias fantasias
– sim senhora! E deliciosas as duas cartinhas de Malhoa, uma delas dando
resposta conveniente ao delírio de uma terceira, do Vasconcelos do pão-de-ló,
que também ali se mostra – sinal que a parvoeira não é coisa nova. «Com esta, o
Malhoa acaba de subir dois pontos na minha consideração!» - ouvi de pronto e de pronto concordei.
Mais uma escada. E do sótão, do quarto da
«Maria dos Pintaínhos», temos a melhor vista de toda a casa sobre o vale e as
serranias do lado de lá do rio. Vale a subida.
Descendo à loja e ao seu recente acrescento,
o recém-inaugurado Museu do Xadrez é
bonito de ver. Bem pensado, bem iluminado e aproveitando inteligentemente o
pequeno espaço disponível, mostra interessantes colecções. (Mas é imperioso
tirar os vidros às duas “gateiras” para tudo aquilo poder ventilar
naturalmente, ou a humidade dá xeque-mate em três tempos… fica o aviso).
Com prazer, notamos o regresso do antigo
banco de ferro do jardim, onde tantas vezes Malhoa assentou o rabinho – mais um
“milagre” da sobrevivência. (Mas ali, não! Há que lhe encontrar novo poiso, de
preferência sob uma sombra, e assentá-lo convenientemente). Sombra e
assentamento, também merece o caramanchão (assim, se nos sentamos, torramos e
ficamos de pés no ar). Devolver-lhe a função é coisa simples: enterrar-lhe os
pés no chão, e na terra enfiar um ou dois pés de rosas-de-toucar ou da “glicínia-dos-rouxinóis”
(da original ainda há – um outro “milagre” de longevidade – e é coisa que se pode
arranjar…). Por fim, e já que se não destruiu o laguinho como indicava o plano,
que tal voltar a orlá-lo com as pedras originais e deitar-lhe uma pouca de
água? Isso é que era!
(Devolver função às coisas e delas usufruir,
é bem melhor que as prantar por ali como se fossem esqueletos de um dinossáurio,
mesmo que «excelentíssimo».)
Visitemos agora o museu. De novo ou como uma
primeira vez.
Passado o atendimento simpático e disponível
quanto basta, uma agradável surpresa é o número de visitantes com quem nos
cruzamos – filhos da terra em férias, turistas de passagem, nacionais e
estrangeiros, em diferentes pequenos grupos. Para um dia de semana, mesmo sob o
efeito novidade, não pareceu nada mal. Oxalá…!
Como prometi a mim mesmo não falar de
arquitecturas a fazer bicos e com pouca ponta que se lhe pegue, ignoremos o
continente, falemos só do conteúdo. Esse, já se sabia, é bom. E, visto com
olhos de ver, bastante bom mesmo.
Logo de caras damos com o poderoso retrato a
carvão do Senhor D. Luiz I, 1884. É
um desenho magnífico, do melhor que Malhoa terá feito por aquela altura. Durante
anos meio perdido, meio ignorado, pouco visível lá no alto da parede do Salão
Nobre da Câmara, revela-se agora, visto com olhos de ver, como um belo dum desenho!
(E é divertido observar um ou outro visitante mais “avisado”, mirando e
remirando, entre o quadro e a tabela, sem perceber como o propalado «D. Carlos»,
de quem sempre ouvira falar, se transformou agora no monarca antecedente – a
vida tem destas coisas…)
Quem também se mostra divertido é Zilo Alves da Silva, no seu retrato
pintado por Malhoa em 1929. Sem ser grande obra, mostra-nos personagem
figueiroense, das relações do pintor, com o seu ar patusco por detrás dos oculinhos
redondos.
Obra grande, pelo menos em tamanho, é Clara, 1903, (façam o favor de lá ir confirmar:
«José Malhôa | 1903» - não sou eu a teimar, é Malhoa a escrever – esta é outra
azarada à qual trocam volta e meia a data, muitas vezes aparecendo por aí como do
tal “ano dos prodígios” de 1918 …). Grande, a Clara enche o olho, talvez não o coração. De tão malhoesca que é, irrita um bocadinho…
tem lá tudo, mas parece que lhe falta alguma coisa… Até que os nossos olhos vão
descendo, descendo, e lhe encontram os pés… e aqueles pés, encardidos, brutos
de tanta ribeira e caminho, valem pelo quadro todo – só por isso, é mais uma bela
pintura.
Sobre tabelas e datas trocadas, há uma que
tem “gato” (engano menor, mas engano). Como se pode observar no próprio local,
o bronze de Simões d’Almeida (tio) retratando o Comandante Augusto Cardoso está
datado, como não podia deixar de ser e tal como o gesso que lhe serviu de
matriz, de 1888 (e não com a que a tabela tem escrita). Simões modela-lhe o
busto no seguimento da sua consagração.
Conta-nos um entusiasmado Luciano
Cordeiro [3] que numa assembleia solene
da Sociedade de Geografia, a 13 de Dezembro de 1886, houve conferência de um
ainda jovem Cardoso e do renomado major Serpa Pinto, onde se narraram as
aventuras extraordinárias da exploração conjunta por terras do Niassa, do
Lienda, do Rovuma e de mais uns nomes esquisitos… Tinha o então Tenente da
Marinha, mais ou menos, o parecer desta gravura.
(A presença nesta mostra do Busto do Comandante Augusto Cardoso, 1888,
grande amigo de Malhoa e também de Henrique Pinto e já aqui referenciado em
artigos anteriores, é coisa de saudar, mas é assunto que fica para depois…)
Manuel Henrique Pinto está representado por
dois óleos: Adormecido, 1891, e À porta do Convento, c.1897. Ambos
quadros figueiroenses. O primeiro retratando um dos filhos do Eduardo (Dias
Coelho), então rendeiro dos Serras na Fonte Cordeiro; o segundo, tomado do
fundo da Vila junto à porta do Convento do Carmo, fixa a torre da Igreja Matriz
tal como era antes das obras de 1898, e a Torre da Cadeia já sem reboco nos
paramentos, mas ainda rebocada e caiada nas ameias do coroamento (um belo
documento para acabar com a refilice que dura desde que voltaram a rebocar
aquilo tudo…). Ambas são boas pinturas.
O Adormecido,
muito bem iluminado e que agora se vê como há muito se não via - quase se não
lhe notam as mazelas – parece saído da 2ª Exposição do Grémio Artístico, a
primeira aonde foram conferidos prémios. E onde lhe foi atribuída uma Terceira
medalha - prémio significativo e honroso, principalmente se recordarmos que a
Primeira e Segunda foram para a Barca de
passagem em Serreleis (Minho), 1892,
de Silva Porto, e para os 16,5 m2 de O último
interrogatório do Marquês de Pombal, 1891, de Malhoa, com a controvérsia
sabida…
De Simões d’Almeida (sobrinho) podemos ver o
incontornável Busto da República,1908 - orgulho do antigo Clube Figueiroense - e outras boas peças de escultura.
Uma delas, uma pequena Leoa, rugindo e arrastando a perna, merece apontamento.
Não pela sua importância, que «gesso» não é –
se o fosse, talvez outro galo cantasse… Mas por se tratar, sem sombra de
dúvida, de mais um exemplar em biscuit de porcelana da Vista Alegre, semelhante a este aqui reproduzido [4] (como bem lembrou já a
minha ainda prima Débora).
O exemplar que podemos ver no museu de Figueiró, só não é igual a este porque lhe partiram a frecha que lhe perfurava o glúteo – todavia não curaram a Leoa ferida, que continua a arrastar a perna e rugir de dor, e no local do tiro lá está a marca da betadine… Em ser ou não ser múltiplo várias vezes reproduzido, não é o mais importante, continua uma bela escultura. E, a crer no que diz o catálogo do leilão, o modelo original de Simões será anterior a 1924. Leoa ferida seu nome.
O exemplar que podemos ver no museu de Figueiró, só não é igual a este porque lhe partiram a frecha que lhe perfurava o glúteo – todavia não curaram a Leoa ferida, que continua a arrastar a perna e rugir de dor, e no local do tiro lá está a marca da betadine… Em ser ou não ser múltiplo várias vezes reproduzido, não é o mais importante, continua uma bela escultura. E, a crer no que diz o catálogo do leilão, o modelo original de Simões será anterior a 1924. Leoa ferida seu nome.
(No andar superior há uma outra exposição.
Dessa já aqui falámos, e com direito a complemento.)
Voltemos ao Simões, mas ao outro – o Tio
deste último.
Logo ao começo da visita, no meio dos
retratos feitos por Malhoa, há um quadrinho, até agora praticamente
desconhecido, de boa pintura, óleo sobre madeira, retratando um homem barbado
de olhar sensível e melancólico, com um pequeno gorro avermelhado na cabeça e
vestindo um guarda-pó de escultor. Está assinado e aparentemente não datado.
De proveniência incerta - «comprado, não se
sabe bem quando, a um antiquário da Figueira da Foz, como sendo do Simões
d’Almeida», não é propriamente carta de alforria. É, no entanto, pintura de
quem sabia pegar no pincel. E a assinatura, já muito sumida, a precisar de cuidadosa
limpeza e talvez de estudo fotográfico sob luz rasante, é muito provável que
seja mesmo a de Simões. Tomemos, portanto e com muito poucas reservas, como
certa a autoria de Simões. Que o resto pode ser visto olhando.
Tudo isto - que é uma boa pintura, merecedora
de figurar na mostra, provavelmente dos tempos de Roma ou Paris, retratando um
escultor (quem sabe em «auto-retrato (?)») e que é de Simões d’Almeida – já
Matilde Tomaz do Couto, a comissária da exposição, teve o mérito de estabelecer
– "o seu, a seu dono". E, com a responsabilidade devida, na tabela acrescentou
uma cuidadosa interrogação «(?)» ao suposto «auto-retrato» [5]. Com toda a razão.
Pois esta parte de se tratar do
«auto-retrato» de Simões, é coisa que não engoli. E se olharmos para algumas
fotografias ditas de Simões d’Almeida e alegadamente datadas por essa altura [6], muito dificilmente
poderemos concordar que o retratado seja o próprio – por muito que se queira ou
seja isso conveniente.
Resolvido, portanto, olhando com olhos de
ver, o cisma se é ou não é um «auto-retrato» de Simões… Resta saber quem é,
afinal, o modelo da pequena tábua.
Na
senda do «Desterrado»…
Olhar de novo, sem pressas ou preconceitos,
tem as suas vantagens… ver o que não vimos outras vezes, rever razões e
saberes.
Paris, finais dos anos oitocentos e sessenta
- «Foi
num daqueles anos de revolta pela liberdade, que [S.] chegou a Paris, tímido e
viciado pelo que aprendera lá longe […]. Em pleno vulcão prestes a rebentar, e
por entre os folgares da rapaziada boémia e leviana, [S.], taciturno e crente,
trabalhador e generoso, produziu as primeiras obras […], frequentando as aulas
de Yvon […] e de Jouffroy […] com Simões de Almeida […] assistiu às cultas e
filosóficas lições de Mestre Taine, cujo sentido lhes deu as primeiras ganas de
irem consultar os museus antigos, e sobretudo a natureza, que é boa conselheira
dos artistas […]. O que salvou [S.] foi o seu constante aparafusar nas razões,
a sua teima em se guiar só pela própria cabeça, e a sua misantropia de rebelde
sonhador, que o libertaram de tanto dogma e tanta falsidade.» [7]
Roma, início de setentas - «… tôdas
as manhãs, com um caderno nas unhas, seguia a visitar as estátuas e monumentos
romanos, desenhando aqui e ali, e meditando à sombra dos loureiros que brotavam
por meio daquelas ruínas. […] Mais tarde, já adaptado aos encantos da cidade
[…] e pronto a começar obra de vulto, passou-se para os quartos pitorescos de
Santo António dos Portugueses […] onde, de colaboração com o camarada Simões de
Almeida, que aqui viera topar de novo, executou, em mármore, um medalhão com o retrato de Sequeira [...] cuja memória
êles tanto respeitavam. […] Guardada a oficina da Rua de S. Nicolo, ali se foi
entregando ao sentir pungente do destêrro. Era essa expressão de resignada dor
que êle gostaria de traduzir num mármore. De sofrimento em sofrimento, de
meditação em meditação, a inspiração foi esbarrar-se-lhe na concepção do Desterrado, que os versos de Herculano
auxiliaram em sugestão. Pensando no exílio e no seu natural desalento, a imagem
foi-se-lhe desenhando em claridades, lá no âmago. Para se distrair, ia de
quando em vez visitar o colega Simões, que ultimava a sua prova final: Bem me queres, mal me queres, e que, por
admiração, o estimulava a começar a derradeira prova. […] O Desterrado é, depois disto, um
auto-retrato da nostalgia e dos desassossêgos de Soares dos Reis.» [8]
Como já se percebeu, o Sicrano desta história
- tímido, taciturno e crente, trabalhador e generoso, misantropo e sonhador, que
se entrega ao sentir pungente do desterro, em expressão de resignada dor, de
sofrimento em sofrimento, pensando no exílio e no desalento, o autor sublime de
o Desterrado – é o grande António Soares
dos Reis (1847-1889). Retratado aqui nas sábias e deliciosas palavras de Diogo
de Macedo, talvez o seu melhor biógrafo.
E se Desterrado
é «um auto-retrato da nostalgia e dos desassossegos
de Soares», este quadrinho, agora mostrado em Figueiró, é bem capaz de ser o outro
retrato dessa mesma nostalgia e desassossego, numa expressão de resignada dor, o
retrato de Soares dos Reis feito pela mão do camarada Simões, lá pelos anos
romanos…
A história acima contada aos pedaços explica
ocasião, local e situação. As fotos abaixo reproduzidas [9] admitem parecenças e
expressões condizentes (principalmente se imaginarmos barba e bigode com
tamanho intermédio entre a foto parisiense e o bigode de “filtrar sopa” das
fotos posteriores) e se atentarmos bem nas orelhas, cabelo e outros pormenores
faciais.
Claro que isto sou eu a falar, escudado por “irresponsabilidade
jurídica” e sem mais “incompatibilidades”. Pode ser que me engane - não o creio.
Fica o grito do rapazinho – «Há lobo, há
lobo!» - corram agora a Figueiró, caçadores, feras e demais circunstantes!
Fica também o bem conhecido Retrato de Soares dos Reis, 1881, óleo
de João Marques d’Oliveira, existente no MNSR, do Porto. Também com este se
podem fazer comparações interessantes…
E, mesmo que não seja nada disto, restam sempre
os medalhões em que os velhos camaradas de Paris e Roma se retrataram
mutuamente. Fechando um abraço de amizade entre dois grandes Escultores, já pelo
final da «vida dolorosa» do maior de todos – António Soares dos Reis.
15 Ago. 2013. LBG
…
e só mais uma coisinha
Entretanto passou-me à
frente dos olhos um outro retrato, julgo que muito pouco conhecido, de Soares
dos Reis.
Este.
É obra de Columbano, está datada e, embora seja
difícil de ler, parece ser de 1887, pela altura em que Soares conviveu mais de
perto, e em Lisboa, com os do Grupo do Leão…
A crer no publicado na revista Serões, nº34, de Abril 1908, onde
está reproduzido, é mais um retrato do Escultor portuense.
Vale a pena olhar e com olhos de ver. E
comparar com a pintura de Simões d’Almeida Júnior. Mas tendo em conta que possivelmente dezena e
meia de anos separam os dois retratos...
20 Nov. 2015. LBG
[1] Diz-nos Malhoa, a este propósito, no
seu livro Receita | Despeza: «Maio de
1900 - 1 – Dinheiro que mandei para o Quaresma, importancia de folhas de
salario do Joaq.m Carpinteiro [antes identificado como Joaquim Granada] na
execução da mesa da Casa de jantar e armario assim como miudezas apresentadas
pelo Julio e conta do Teixeira – 33$845».
[2] Sobre a compra do dito, diz-nos igualmente Malhoa: «Março de 1900 – 30 – Candeeiro pª a casa de jantar em Figueiró – 33$390».
[3] In O Occidente, nº291, 21 Jan. 1887, p.19 a
21.
[4] Retirado do catálogo - VIII Leilão Vista Alegre. Lisboa: Cabral
Moncada Leilões. 2007. p.79.
[5] Entretanto, no site do MCAFV, a referida cuidadosa interrogação já desapareceu…?!
Seja por desejo, descuido ou falta de qualquer coisa, não é por isso que o
quadrinho passa a ser mesmo o «auto-retrato» do Simões…
[7] MACEDO, Diogo de – Soares dos Reis: Sua Vida Dolorosa.
Lisboa: Edições Ocidente. 1943. p.27, 28, 29.
[8] Idem, idem. p. 35, 36, 37.
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